segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Reflexões a partir da minha janela - parte I

Um vento soprou bem forte e varreu a chuva que se formava. Ainda vejo pela janela os resquícios da ex-tempestade - algumas nuvens cinzas que ficaram para trás, insistindo ainda em ameaçar a tarde de sol que adentra a noite no horário de verão.
Penso que às vezes a vida é assim: grandes tempestades se anunciam. A gente sofre por antecipação, humanos tolos que somos. "Mas eis que vem a roda vida e carrega" a tempestade pra lá, parodiando Chico Buarque. Mesmo assim ficam as nuvenzinhas teimosas. Aquela sensação de que o problema não pode ser um aborto, morrer antes de nascer, se resolver antes mesmo de dar aquela dor de estômago. Aquela sensação de que o vento pode trazer a tempestade de volta.
Aí não se aproveita o sol que ainda resta, porque a gente fica pensando na tempestade que podia ter caído.

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