terça-feira, 29 de março de 2011

A benção das pequenas coisas

Tem dias que a gente acorda com a certeza da graça. Parece que Deus tocou meus olhos devagar para que eu acordasse. Eu abri a janela e o céu estava cinza, as nuvens faziam a claridade branda para não me cegar momentaneamente. E um ventinho bem fresco, cheirando à chuva, penteou meus cabelos.
A chuva caiu depois, com sua música monotônica, lavando o mundo devagar, sem violência. Na rua, guarda-chuvas coloridos. Abraços e beijos quando saí de casa. Sorriso e bondade onde cheguei.
Acho que os anjos resolveram passear por aqui hoje, estão disfarçados: são aquela senhora que vende rosas na rua (pode até ser Santa Teresinha), o palhaço que dá cambalhotas nos hospitais, arrancando o riso de quem sente dor, o cobrador do ônibus que apesar do trânsito caótico e do nervo ciático dá bom dia sorrindo.

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