Tenho sonhado com
estradas
só o vento limpa as remelas da inércia
sol de madrugada resiste em não nascer
parto longo tingindo o céu ainda não anil
pés descalços no traço
ébrio de paralelepípedos
meus olhos cegos às placas
coração ritmando a caminhada
pulmões cheios de desejo
de nunca mais voltar
e nunca mais chegar.
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